Reflexão crítica sobre experimentação com a colagem

Penso que esta é uma solução fácil, e que até funciona por isso. É visual, ou seja, tem um efeito plástico interessante, mas me parece muito lugar comum, apesar de eu nunca ter visto realizado.
Bate naquela tecla da representação, do simbólico, faz a leitura metafórica ser meio óbvia e direta demais. E ainda tem uma leitura possível, como a Karlinha chamou a atenção, de ser compreendido só como o corpo carregado de informações da mídia ou da propaganda (talvez pela materialidade do papel de revista que é reconhecível de imediato). Jargão da pós-modernidade que todo mundo já tá cansado de repetir. O que queremos é mais profundo e complexo do que a imagem dá conta aqui. Ela ficou simplista. Parece que esta forma de criar as cenas já não me interessa mais, estou enjoada deste tipo de solução.
Retomando o que motivou essa experimentação, para podermos rever o que busco, minha intenção era abordar cênicamente o corpo sensório, que recebe informações de todo tipo , que some diante de tanta informação, que muitas vezes se perde diante de tanta possibilididade e não sabe nem mais o que desejar. Um corpo que perde o contato com si mesmo pelo excesso, por alienação.