Brasília. Domingo. 17:25. Chove lá fora. As poucas, finas e rápidas gotas refletem o dourado do sol de um dia calmo. Chuva rápida.
Estou em completo "estado de Dança". Tem dias em que simplesmente me encontro sensível à tudo, e tudo me faz querer dançar, tudo vira cena. Danço pela casa, vazia - todos viajaram nesse feriado - tenho saudade do meu amor mas essa distância me agrada, me faz querer estar mais inteiro quando estiver por perto.
Coloquei as músicas que acho que podem ser a cara dessa parte de nossas vidas, me emocionei muitas vezes e finalmente tive vontade de escrever.
Estou com uma vontade incrível de falar em outras línguas, passei o final de semana inteiro cantando e falando em espanhol, inglês, um pouco de alemão e fingindo um françês cheio de "abajour", "joanete" e tralalas. Isso é a minha cara e tem refletido nos improvisos, mas agora tenho certeza que eles aparecerão mais.
A dança tem me parecido sexo, me causa um arrepio, uma tremedeira, tenho vontade de expressar esses prazeres com sons absurdos. Dancei pela casa. Imaginei o espetáculo diversas vezes. A exposição de nossas possíveis identidades tem me deixado mais excitado, a mesma sensação do sexo iminente - arrepios, medo, ansiedade mas doido em curtir cada momento resultante desses dois anos de processo criativo.
Graças que eu nao sou o único que fica pirando nesses estados em casa sozinho..ufa...Bj do Lele
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