A Companhia

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ANTI STATUS QUO COMPANHIA DE DANÇA é um laboratório independente de criação e experimentação em dança, onde o corpo é sempre o ponto de partida e a questão primordial. A expressão do latim “status quo” significa situação, estado, qualidade ou circunstância de uma pessoa ou coisa em determinado momento, uma condição. O uso do “anti” à frente da expressão atribui o sentido de oposição à situação vigente, contra o atual estado das coisas referindo-se a características importantes do trabalho como o questionamento de padrões estabelecidos, a experimentação e a investigação da percepção para o desvelamento do que está escondido pelas convenções. O nome contempla o desejo de criar livre de qualquer molde que delimitasse ou  restringisse as criações do grupo em uma só linguagem artística, estilo, gênero ou qualquer outra categoria ou denominação.  

O trabalho da Companhia tem se destacado pela experimentação, pesquisa de linguagem,  dramaturgias críticas e políticas,  diálogo com as artes visuais e a filosofia. Também conhecida como A.S.Q. Companhia de Dança, a abreviação com as iniciais do seu nome remete aos endereços de Brasília-DF (Brasil), associação que ajuda a materializar no nome a forte ligação com sua cidade sede.

Reconhecida como um dos principais e mais atuantes grupos artísticos de Brasília-DF e do Centro-Oeste do Brasil, a Companhia foi criada em 1988 (33 anos de existência em 2022), pela diretora artística e coreógrafa, Luciana Lara que hoje divide a administração do grupo com o produtor, cenotécnico, cenógrafo ,designer gráfico e colaborador, Marconi Valadares. As parcerias de longo prazo com sua equipe técnica têm sido, também, fundamentais na construção de sua identidade artística, como as estabelecidas com os iluminadores James Fensterseifer e Marcelo Augusto e o designer de som Antonio Serralvo. Formada atualmente por seis atores-bailarinos, o grupo trabalha em regime de colaboração com seus artistas. Nos últimos três anos, tem investido também em intercâmbio por meio de residências artísticas com artistas como 
Gustavo Ciríaco, Marcelo Evelin,  Denise Stutz e Michelle Moura. 

O grupo tem investigado diferentes suportes para a dança e vários formatos como trabalhos para palco italiano (caixa preta) e espaços alternativos (galerias, galpões e as ruas da cidade) e mais recentemente trabalhos on line por videoconferência. Suas criações abrangem  intervenções urbanas, publicações, instalações, foto performances, passeios urbanos, performance live on line em videoconferências e sites interativos.

A Companhia já criou doze trabalhos coreográficos: "QR Corpo"(2023), "JUNTOSeSEPARADOS"(2020), "Microutopias Cotidianas Aglutinantes do Lugar"( 2019), “De Carne e Concreto – Uma Instalação Coreográfica”(2014), "Autorretratodinâmico" (2009),“Cidade em Plano” (2006), “Aletheia” (2003), “Coisas de Cartum” (2002), Dalí (2000),  Nada Pessoal (1998); No Instante (1996), Anti Status Quo Dança (1994); Efeitos(1991).

Realiza pesquisa sobre a relação do corpo com a cidade desde 2006 que se desdobrou em vários trabalhos como o projeto de intervenções urbanas “Jamais seremos os mesmos”(2009), com criações como “Sacolas na Cabeça”(2014) e “Camaleões”(2011).

 No campo da publicação Luciana Lara em parceira com Marconi Valadares idealizaram e editaram os livros “Arqueologia de um processo criativo – Um livro coreográfico” e "De Carne e Concreto" (título provisório/ ainda no prelo), e criaram o site interativo http://www.decarneeconcreto.art.br .

 A Companhia também desenvolve projetos no campo da dança-educação, da transformação de público e da formação artística e técnica de intérpretes em dança contemporânea com o trabalho contínuo (desde 2009) do Núcleo de Formação A.S.Q. em Brasília-DF.  O Núcleo de Formação A.S.Q. realiza hoje  pesquisas, intercâmbio e investigação em artes promovendo ações regulares voltada para pessoas que tenham interesse na linguagem do corpo e do movimento em interação com diferentes saberes, disciplinas e linguagens artísticas.

Tem participado de vários festivais como: Fiver - Dance Film Festival,  POA - Porto Alegre em Cena, CAMP_ iN  Encuentro Scénico, FITEI - Festival Internacional de Expressão Ibérica, 
FIAC Bahia, Bienal de Dança do Ceará - De par em par, Mladi Levi Festival, Panorama, MITsp - Mostra Internacioanl de Teatro de São Paulo, Zurich Moves, Cena Contemporânea - Festival Internacional de Teatro de Brasília, MID- Movimento Internacional de Dança, Mostra de Dança XYZ. Festival Vivadança, Projeto Modos de Existir – SESC Santo Amaro -SP, FTB - Festival do Teatro Brasileiro, Festival Internacional da Nova Dança, Bienal SESC de Dança, Festival Expande Dança, Marco Zero – Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas e FITAZ – Festival Internacional de Teatro de La Paz.







Anti Status Quo Companhia de dança

Direção artística: Luciana Lara 

Bailarinos: Déborah Alessandra, Leandro Menezes , Leonardo Rodrigues e Rebeca Damian   

Colaboradores: Camilla Nyarady, João Lima, Maria Ramalho, Luciana Matias, Raoni Carricondo, Roberto Dagô e Robson Castro 

Iluminação: James Fensterseifer e Marcelo Augusto

Sound designer: Antonio Serralvo

Direção executiva, cenotecnia,  objetos  de cena e design gráfico: Marconi Valadares

Produção: Robson  Castro 

Fotos: Mila Petrillo





DIREÇÃO ARTÍSTICA

Luciana Lara (Niterói-RJ, 1969) é uma artista da dança contemporânea,  brasileira, que fundou a Anti Status Quo Companhia de Dança (1988). Desde então, tem desenvolvido uma carreira como coreógrafa e diretora artística.

Mestre em artes no Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade de Brasília - Unb (Linha de pesquisa: Processos Composicionais para a Cena). Fez especialização no Laban Centre for Movement and Dance em Londres – Inglaterra (1996-1998), onde estudou Coreologia, Coreografia, Design Visual para dança (figurino, cenário, e Iluminação) com bolsa do programa APARTES da CAPES. É graduada em Licenciatura em Artes Cênicas pela Fundação Brasileira de Teatro - Faculdade de Artes Dulcina de Morais em Brasília-DF. 

Seu trabalho é conhecido pelo hibridismo, a experimentação, a pesquisa de linguagem, a abordagem interdisciplinar entre linguagens artísticas e campos não artísticos e forte diálogo com as artes visuais. Seus principais estudos se concentram no campo da criação, dos processos criativos, da dramaturgia/ criação de sentidos em dança, da linguagem da dança, novos suportes para a dança (instalação coreográfica, intervenção urbana, internet e livros/publicações), da release-based techinque e da improvisação.

Em 2020 começa uma pesquisa sobre a relação do corpo com as telas. Desenvolve investigação sobre a relação do corpo com a cidade desde 2003. Criou doze obras coreográficas para a A.S.Q. Companhia de Dança onde também desenvolve projetos de dança-educação, formação de plateia e formação de intérpretes para dança contemporânea com o Núcleo de Formação ASQ. Luciana também cria, para o grupo, trabalhos de foto performances, videodança e intervenções urbanas. Em 1995, foi uma das representantes do Brasil no programa de coreógrafos internacionais residentes no American Dance Festival, em Durham, Carolina do Norte (EUA).

 Fora da Companhia tem colaborado em vários projetos como consultora, dramaturgista,  coreógrafa, diretora e professora. Últimas colaborações: com Ramon Lima como dramaturgista no solo "Sonâmbulo", com Gustavo Ciríaco como artista convidada para o projeto "Cobertos pelo Céu", onde Ciríaco criou a peça "Horizonte em Linha" baseada nas experiências espaciais de Lara e com Tauana Parreiras, como dramaturga da tela de dança "Asa leve que rasga ao vento". 

Foi professora nos cursos de artes cênicas na Universidade de Brasília e na Faculdade de Artes Dulcina de Morais ministrando disciplinas de expressão corporal e de corpo e movimento. Desde 2005 coordena o Núcleo de formação A.S.Q., um programa de formação artística e técnica de interpretes para a dança contemporânea no Centro de Dança do DF e na sala de balé do Teatro Nacional em Brasília-DF. Em 2016, convidada pelo SESC, realizou uma turnê por 13 cidades do Brasil com um curso intensivo de Dramaturgia na dança
   
Em 2010, publicou o livro “Arqueologia de um processo criativo- Um livro Coreográfico” pelo Programa de Bolsas de Estímulo à produção crítica em Artes – categoria Produção Crítica em Dança (2008) da FUNARTE- Fundação Nacional de Arte. Acabou de estrear seu mais novo trabalho o site especific /espetáculo itinerante Microutopias Cotidianas Aglutinantes do lugar e atualmente prepara novos desdobramentos da pesquisa Corpo e Cidade como  o livro “De Carne e Concreto – Uma pesquisa em dança” , um site e uma publicação sobre a pesquisa do Núcleo de Formação Dança e Telas. 



English


THE COMPANY

ANTI STATUS QUO COMPANHIA DE DANÇA is an independent artistic experimentation laboratory of contemporary art and dance  where the body is allways the point of departure for the creations. The name came from the Latin expression "status quo" that means a person's condition or situation, or circumstance at any given time, a condition. The use of the "anti" at the front of the expression assigns a meaning of opposition to the current situation, against established standards and normative thinking. The name was chosen to represent the desire for experimentation and  the search for a way to organize the world  without limits of stablished  formats for art. The Company's work stands out for hybridism, experimentalism, movement and dance language research, construction of critical and political dramaturgies and a strong dialogue with the visual arts and philosophy. Also known as A.S.Q. Dance Company, the abbreviation with the initials of its name remembers the addresses of Brasilia / Brazil, the group’s home city.

Recognized as one of the main and most active contemporary dance groups in the Center-West of Brazil, the Company was created in 1988 in Brasilia by the choreographer Luciana Lara, who today shares the direction with the Brazilian producer, scenography technician, set designer ,graphic designer and collaborator Marconi Valadares. The works are developed in collaboration with ten dancers and actors. A long term team of collaborators as artists of lighting, music and sound design has been fundamental to develop an artistic identity . Invited artists, in the last three years, also started to collaborate through artistic residencies and labs such as Gustavo Ciríaco, Marcelo Evelin, Denise Stutz and Michelle Moura .

Twelve  choreographic works have been created in the last 30 years: Efeitos(1991); Anti Status Quo Dança (1994); No Instante (1996); Nada Pessoal (1998); Dalí (2000); Coisas de Cartum (2002), Aletheia (2003), Cidade em Plano (2006) , Autorretratodinâmico (2009) e De Carne e Concreto - Uma Instalação Coreográfica (2014),Microutopias Cotidianas Aglutinantes do lugar (2019) e  QR Corpo (2023).

The group has been investigating new dance supports and various formats as choreographic installations, exhibitions, black box, white cube and off-spaces performances. In 2020 the Company started to investigate the relationship between the body and screens. Since 2006, the group has been investing in a research about the relationship between the body and the city . In the last years A.S.Q. has been developed an urban intervention research with the project Jamais seremos os mesmos, with creations for the streets such as Sacolas na cabeça (Bags on the heads - 2014) and Camaleões (Chameleons - 2011). The Company has developed also projects of photo-performances, books and the internet (interactive sites) and projects in the field of professional dance training, art education and audience transformation.

Participation in several international festivals: FITEI- Festival Internacional de Teatro de expressão Ibérica, FIAC Bahia, Bienal de Dança do Ceará - De par em par, Festival Panorama, MIT sp, Zurich Moves, Mladi levi Festival, Festival Internacional Vivadança, Cena Contemporânea - Festival Internacional de Teatro de Brasília, Movimento Internacional de Dança – MID, Mostra de Dança XYZ, Festival Internacional da Nova Dança, Bienal SESC de Dança, Festival Expande Dança, Marco Zero – Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas, Modos de Existir, Festival do Teatro Brasileiro de Teatro, FITAZ – Festival Internacional de Teatro de La Paz. 


Anti Status Quo Dance Company

Artistic Director: Luciana Lara

Dancers: Déborah Alessandra, Leandro Menezes, Leonardo Rodrigues, Marcia Regina, Mônica Bernardes e Rebeca Damian


Colaborators: Camilla Nyarady, João Lima, Luciana Matias, Maria Ramalho, Raoni Carricondo, Roberto Dagô and Robson Castro.

Lighting design: James Fensterseifer and Marcelo Augusto

Sound Designer: Antonio Serralvo

Brazilian Production,  scenography  technician, scenic objects and graphic design: Marconi Valadares

Photos: Mila Petrillo



ARTISTIC DIRECTION


Luciana Lara is a  contemporary dance artist, brazilian who lives in Brasilia, Brasil. Founded the Anti Status Quo Companhia de Dança in 1988 and since  then she has developed a dance career as a choreographer and director. She holds a master's degree in Arts from the Postgraduate Program in Arts at the University of Brasilia - UnB (Research Line: Compositional Processes for the Scene). Her works are known for hybridism, experimentalism, interdisciplinary, critical and political approach, and a strong dialogue with visual arts.

She has created many works for the Company, in various formats as choreographic installations, exhibitions, black box, white cube and off-spaces performances as: "Microutopias Cotidianas Aglutinantes do Lugar"(2019), “De Carne e Concreto – Uma Instalação Coreográfica (2014), Cidade em Plano (2006), Aletheia (2003), “Coisas de Cartum (2002), Dalí (2000), Nada Pessoal (1998), No Instante (1996), Antistatusquo Dança (1994), Efeitos (1991). She has also developed urban interventions, photo performances, dance films, projects for dance education, audience transformation and professional training for contemporary dancers. Her main studies focus on relationship between the body and the screens, the body and the city, movement and dance language research, creative process, dance dramaturgy, release-based technique and improvisation.

She studied at Laban Center for Movement and Dance in London, England (1996 to 1998) with a scholarship from APARTES program of CAPES from the Ministry of Culture of Brazil. At Laban Center, Lara studied choreological studies, choreography and visual design for dance (costume, scenery, and lighting). She holds a Bachelor's degree in Performing Arts from Fundação Brasileira de Teatro - Faculdade de Artes Dulcina de Morais in Brasilia, Brazil. In 1995, she participated in the program International Choreographers in residence at the American Dance Festival in Durham, North Carolina (USA).

Outside the Company, Lara has collaborated in many projects as a consultant, dramaturgist, choreographer, director and teacher. Latest colaborations: with Ramon Lima as dramaturgist in the solo piece "Sonambulo", with Gustavo Ciríaco as an invited artistic to the project "Cobertos pelo Céu", where he created  the piece "Horizonte em Linha"  
based on Lara`s espacial experiences and  with Tauana Parreiras, as a dramaturgist  of the screendance "Asa leve que rasga ao vento". She taught disciplines as corporal expression, body and movement in the courses of performing arts at the University of Brasilia and Faculty of Arts Dulcina de Morais. Since 2005 she has been the coordinator of the Núcleo de Formação A. S.Q., a regular dance training program for professional dancers, adult dance students and beginners at the Centro de Dança do DF and Sala de balé do Teatro Nacional of Brasília. In 2016 she toured Brazil throughout thirteen cities with a course of Dramaturgy in dance produced by SESC. 

In 2010, she published the book “Arqueologia de um processo criativo- Um livro Coreográfico” (Arqueology of a creative process – A Choreographic book) sponsored by FUNARTE- Brazil’s National Foundation for the Arts. She just premiered a new piece, named “QR Corpo" 2023. Currently, she is writing a new book about the artistic research “The Body and the City” and preparing a site and an online publication about the  Núcleo de Formação ASQ`s research Dance and screens.