“Onde você está? Aqui. Que horas são? Agora. Quem é você? Este momento.”
(O caminho do guerreiro pacifico)
Pensando nisso que vejo o autoretratodinâmico. Sempre, ao menos alguns, buscam aprimorar-se de alguma forma. Seja acrescentando valores ou excluindo-os alguns.
A vida de alguma forma nos ensina a nos resguardamos. A respeitar uns aos outros. Até religiões definem como primórdio, o respeito ao próximo. Numa das mais populares - “Amaras o teu próximo como a ti mesmo”. Mateus 22:39. - e ao mesmo tempo, tão inóspita vida, nos confronta com dilemas substanciais e eloqüentes sobre nossa posição em relação ao mundo. Se seguimos as regras, somos caretas. Se o sistema, então somos manipuláveis e quadradões, se o inverso somos anarquistas ou “doidões”. Se seguimos nossa linha então afetamos ao outro por ser honesto por de mais. Se fizermos muito de alguma coisa ou somos muito criativos o jargão muda para sonhadores e utópicos. Você consegue ser o que você fala, digo, seguir seus ideais? Cumprir com seus planos, evitar o que reclama ou acha ruim?
Percebo sempre uma dificuldade de sermos o que acreditamos. Não em momentos específicos. Nessa hora é muito fácil, por um momento, nos esforçamos e plim: feito. O cotidiano que nos mata. Os pequenos problemas formam o alicerce para a catástrofe. Como um vírus que se instala inativo e no momento que seu sistema imunológico abaixa, ele ataca e se transforma numa grande doença.
E aí que, na nossa vida como ser humano racional, descobrimos o réu para nossa sentença. Culpado! E com um julgamento as pressas, o culpado se torna o sapato que escorregou na hora que você pisou na banana e caiu de cabeça no chão... e não porque estava estressado, falando ao telefone com a mulher que reclamava que havia batido o carro e você não sabia como iria buscar a criança na escola. Dificuldades adversas sempre tornam a vida mais vida. Testando-nos, colocando a gente em prova sobre o que pensamos e como agimos. A tendência a super-proteção nos faz excludentes e excluídos, e por conseqüência, nos torna individualistas. Como manter nossa individualidade e não sermos frios nesse paradoxo? Como não permitir que isso ocasione o cheque-mate dado pelo egoísmo? Até onde o respeito ao outro não tira sua individualidade? O meu mundo para onde começa o seu? Invasivo ou ser-mais-humano? Me pergunto por onde permeiam esses limites do que significa dar atenção e não dar, fazer pelo o outro e deixar de fazer para você, que resposta você tem disso, se precisa de resposta...
Não sei. Sei que respeito está em colocar-se no lugar do outro e pensar como isso te afetaria, também. Presto mais atenção em mim e se até o mundo gira entorno do seu próprio eixo, e de um astro maior, na dúvida, me mantenho em movimento. Sinto dança, sou dança e quando não danço me desespero e entristeço, por estar indo contra meu ser. Pior do que desrespeitar o outro é me desrespeitar (vivo sozinho?). A vida se faz no segundo seguinte, analisamos a história para entendermos a nós mesmos e buscarmos pisar com mais atenção. Sabe a estória de não repetir o mesmo erro, ou aprender com o erro alheio? Faça, porque a vida é feita do que se faz. Na dúvida, erre. Não tentemos nos julgar para adentrar a um crivo social. Dou conta do que for possível para mim, se não for me prepararei como puder. Não danço conforme a música. Danço conforme o que sinto da música.
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