27/04/2009

o Agora

Por Karla Freire

Imagino que a essa hora, 21h e pouco aqui no meu relógio, o povo já deve estar encerrando o aquecimento e quase prontos para começar os improvisos.
Enquanto isso... eu em casa na canjinha e na bananinha, quase pronta para dar fim a uma infecção intestinal. (posso falar, né?!)
Enfim, um ótimo dia para estrear minha participação neste blog com um texto antigo descoberto, e decifrado, a pouco tempo.
Data de 22/8/2007

"São quebrados porque eles mesmos, pela forma com que se expressam, não conseguem conectar uma palavra a outra.
A fala é quebrada, truncada, os conectivos me faltam à boca e aos movimentos. Sou incapaz de expressar frases completas. Tudo muda e pensa o tempo todo. (...)
Quero tirar o que eu sinto. Cada movimento brusco é uma frase que tento alinhar, sem sucesso.
O coração dispara. Sou eu quem o controlo, ou ele quem manda na minha velocidade?
Seria um tentativa de unir os dois num movimento só?
Tento esquecer que ele está aqui, mas é impossível. Ele dispara como se quisesse sair e nem o cansaço, o suor e o calor impedem minha velocidade/loucura.
Elas são o alimento."


Devo dizer que minhas mãos coçaram para fazer alterações ao reescrever esse texto aí.
Vontade de preencher os 'espaços vazios', encher o sentido que possa faltar.
Mas deixe como estar, é como o rascunho de uma carta escrita à mão no fervor do agora.
Se for reescrita perde a graça.

2 comentários:

  1. O aquecimento, desta vez, foi cerebral.
    Qual será a palavra que foi dita nesta hora que vc cita!?
    Será:
    espaço?
    irmão?
    idéia?
    entidade?
    arte?

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  2. Karlinha, Também senti uma vontade grande de complementar os textos quando passei eles pra cá.... Também não fiz nada pelo mesmo motivo. Acho que vamos enfrentar isso sempre. Ah... se tivermos vontade de complementar, por que não, também? Autotextodinâmico....

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