25/04/2009

Seguindo o Leandro, eu, Luciana publico o texto que escrevi no mesmo dia 20/03/2009 .

Vai
volta
Não adianta ir
Tem algo no aprendizado que nunca é novo Almas e believes, navegar é preciso
Meu corpo viaja, e sou eu
Costelas doem em lugares
Sou um gafanhoto
Tem força nos orgãos. Mascando, mordendo
A fluidez que leva, desgoverna organizando os fluidos
Sou sensualidade matéria que transforma
Mudo o mundo quando danço
Nuvens de argila, quente e macio
Tenro quase
Me leva pra onde nunca vou
Desaprendo caminhos
Como flores
Vomito vermes
Sei tudo, sou tudo e tudo bem
Não preciso de mais nada
Pra onde vai o pensamento quando danço?
Na veia de cada músculo do movimento
que ás vezes encontra o limite do corpo
Dor aliviada pela soltura
e a não obrigatoriedade de ir pra onde o desenho já foi traçado
Vento quente e úmido carinhoso
Conforto do ser
A vida é deliciosa! Olha o que posso fazer!
Poder me mover como quero
borboletalesmaminhocatigrelontraavestruz
Cavalo selvagem que só vive na liberdade
dos cabelos ao vento
Formiga uma vontade
Gavião uma certeza
Elefante uma saudade
Leão uma dúvida medo
Girafa uma frustração
Costelas de adão
Amor e perdão
Vida simples e repleta de cotidianidades
Pequenas simples sensações
Da certeza de estar aqui presente agora.


Sobre o comando do improviso, me lembro mais do que o suscitou: Curiosidade por saber o que pensamos quando dançamos, dançar ou entrar num estado de dança com as palavras, improvisar como dançamos, escrevendo. Acessar o que tínhamos acabado de dançar através da escrita.
Interesse também pela reflexão que gera a dança, dança que gera reflexão. A diferente experiência de tirar da dança o tema, o conteúdo implícito nela e dançar a partir de uma proposta, já de um tema estudado, discutido.

Quando cada um leu seu texto fiquei me lembrando do que tinha acabado de ver , via através da minha memória o que cada um tinha acabado de dançar, fazendo minhas conexões com o texto. Daí experimentamos um dançando e o outro lendo o texto de quem tava dançando.

Lendo o texto agora, com distanciamento, percebo como ele me fala sobre o que dançar improvisando significa pra mim.

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