A Anti Status Quo Companhia de Dança faz 30 anos de existência!!!!
No dia 21 de dezembro de 2018 a Companhia fazia a apresentação de seu primeiro espetáculo chamado: ELOQUÊNCIA com o nome de Anti Status Quo Companhia de Dança no Teatro da Escola Parque da 308 sul!
Copio aqui para guardar na memória e poder reviver a emoção de ler alguns depoimentos deste dia publicados nas redes sociais ( whatsapp, facebook e instagram) e agradeço demais todo carinho da comunidade de dança do DF, neste dia tão especial pra nós !!!!
Marconi Valadares:
Nesse dia eu estava na plateia. Tinha uma academia na 308 norte e apoiava Luciana Lara sedendo o espaço nos finais de semanas para ela ensaiar com o grupo de bailarinas. Lembro me de uma reunião em que o nome foi escolhido. Foram trinta anos. Nenhum ano sem produção. Uma linda história que eu tive a felicidade de participar desde o primeiro dia, meses antes da estreia.
Yara de Cunto:
👏👏👏linda memória que está cada dia mais viva e atuante😘
Vamos comemorar está linda caminhada de duas pessoas que lutam e fazem a dança de Brasília acontecer
Reconhecimento mais que merecido pelo importante trabalho da Luciana . Ela respira a arte que faz e é livre para realizar este trabalho de Arte Verdade 😘
Meu reconhecimento ao sempre colaborador Marcone que conseguiu ver a dança em toda sua potencialidade colaborando sempre com o movimento de Dança da cidade🙏
Lenora Lobo:
Parabéns Luciana e Marconi, muito linda esta trajetória e esta resistência 👏❤👏
Débora Dodd:
Parabéns pela linda trajetória!
Ela merece ser beeeem comemorada!
Cleani Marques:
Parabéns @Luciana Lara , por nunca desistir... eu tbm fiz parte dessa história e sou muito grata!!
Robson Castro:
Bom. Eu sou suspeitíssimo pra falar dos 30 anos da ASQ!!!
Compartilho de mais ou menos 1/3 desta história, dançando e testemunhando o empenho da Lu nesse trabalho árduo, cotidiano, contínuo, cheio de desafios e delícias!
Deixo aqui público minha declaração de amor e de admiração: Lu, te admiro muito! Como artista, como coreógrafa, como produtora, como esposa!
Comecei no Núcleo de Formação da ASQ e depois entrei na ASQ propriamente dita. Como bailarino, tive momentos incríveis tanto na rotina diária de ensaios, aulas, pesquisas e experimentos... como também em temporadas! A ASQ foi e ainda é uma escola pra mim! A cada ensaio e a cada trabalho, novas e interessantes questões surgem e nos alimentam a cada dia... e a Lu conduz de um jeito muito bacana toda essa busca e provocações...
Conheci tb algumas gerações de bailarinos que dançaram esse sonho antes da minha chegada, e tb depois de mim... uma rotina de muito suor e de muitas alegrias!
Estendo tb os parabéns ao Marconi que tem produzido a ASQ junto com a Lu.
Quando eu comecei a dançar na ASQ, eu vinha de um grupo de teatro (o Teatro do Concreto). E lá a gente fazia tudo, desde a escrita dos projetos, até a montagem de cenário e desmontagem. Na época, o Teatro do Concreto ainda era um trabalho de grupo onde a gente tinha que fazer de tudo. Quando entrei na ASQ foi muito estranho, pois eu só tinha que dançar... no início eu achei muito estranho ter uma equipe de produção pra fazer toda essa parte... me sentia até meio mal. Com a rotina exaustiva de ensaios e tb com a demanda do corpo, bem diferente da rotina do Teatro, comecei a ver o quanto isso era incrível, tinha um grande valor e também me fortalecia para estar mais preparado para a cena.
Sei tb de muitos artistas que colaboraram em cada processo... muita gente legal!
Fico feliz e orgulhoso de fazer parte! Quando a gente participa de um grupo que tem uma história tão linda e tão longa, parece que toda essa história de tanta dedicação dessas pessoas todas são emprestadas pra gente e a gente dança com tudo isso, com toda essa história, essa força, essa energia!
Um beijo grande de parabéns!
Vida longa!!! Que venham mais 30 anos!!!
Gisele Santoro:
Parabéns, Luciana e Marconi!
Vocês são parte importante da História da Dança no DF
👑🔥Tão maravilhoso fazer parte dessa história e ter a honra de aprender e contribuir com com esse caminho!Um salve pra Luciana e Marconi, q nutriram esse bebê trintão! ♥️ Em geral estamos sempre ralando. Nesse dia, foi apenas sol, água e arrastão de macacos! Celebração de vidas dedicadas ao ofício do artista, caminho q me enche de orgulho e inspiração. Q venham outros 30!
Mariana Pimentel:
Te admiro Lu!!!!! Vc sabe!!!
Naedly:
30 anos não é pra qlqr um... Parabéns pela história linda de dança q vcs constroem 💖
Rafael Tursi:
Uau. Que lindo!! Parabéns, Lu e toda equipe ASQ por fazerem deste ato, permanência, resiliência e resistência! É realmente inspirador reconhecer toda essa jornada.
Obrigado!
Lívia Bennet:
Aaaaaaá que homenagem mais linda e calorosa @Marconi Vivo
Que texto lindo @Robson Castro .
Parabéns @Luciana Lara . Acompanho seu trabalho há muitos longos anos e admiro sua luta. Muitas aulas junto a você e muitos bailarinos amigos passam e passaram por vc. Que venham não só mais 30 anos....
Beijos de carinho e admiração.
🌻
Marcia Almeida:Bravo @Luciana Lara !
Renato Fernandes:
Muito respeito e admiração por esse trabalho tão importante e relevante na capital federal!
Que venham muitos e muitos anos!
Parabéns Luciana ❤
Uma trajetória dessas é pra poucos.
Márcia Regina:
Caminhos sempre abertos pro seus sonhos Luciana. Que seus guias espirituais te guiem pelo caminho do amor e da sabedoria. Muito axé pra ASQ, muita dança sempre!
E gratidão por parte de parte dessa história.
Camilla Nyarady:
Parabéns Lu por toda sua dedicação e suor e conquistas ao longo desse caminhar! Que chegue muito mais e que todos os seus sonhos continuem se realizando de forma próspera! Sou muito grata por esses anos de muito trabalho e tantos aprendizados contigo...e por fazer parte desse sonho e dessa história!
Nei Cirqueira:
Que lindo! Celebremos essa bela caminhada! PARABÉNS, LU!!
Fábio Banderas:
Que demais, Lu! Muito orgulho de vc e da Cia! Parabéns!
No dia 13/12, quinta passada, o Núcleo de Formação da Anti Status Quo Companhia de Dança fez o segundo compartilhamento dos processos de criação de solos com a apresentação dos dançantes Maria Ramalho, Luiza Maria, Leo Rodrigues e Ramon Lima na sala 3 do Centro de Dança do DF!
Os solos têm sido desenvolvidos desde a Oficina de criação com Luciana Lara que aconteceu durante 3 meses nas terças, quintas e sextas de 12:15 ás 13:45 no centro de dança do DF e depois seguiu até semana passada como atividade com o foco no desenvolvimento dos solos.
Fotos Luciana Lara com edição e tratamento de imagem feito por Luiza Maria que também fez o projeto gráfico do folder de divulgação!!!!
Como parte do exercício de fazer essa finalização desta etapa do trabalho, foi proposto que cada um escrevesse um texto sobre seu solo. Compartilho aqui o texto escrito por cada um para o compartilhamento público - Solos em processo com algumas fotos do dia.
Ramon
Lima
A minha pele é o último limite
que separa e me conecta a existência externa. Não há pele que prenda os
desprazeres da carne contra os sólidos. Não há pele que não se molde às mais
complexas configurações de estar. Não há temperatura que a pele não reaja com
sinceridade. Não há pele que não sinta na pele a sensação de outra pele que não
é sua. Não há pele que não se rasga ao gerar uma nova vida. Não há pele o
suficiente que possa unir o mundo num único planeta.
Luiza
Maria
Lugar
de instabilidade, latência de potência do desconhecido, pode ser força incrível
e expurgo incômodo, tudo para que a terra te encontre depois. O corpo pede. existem
demandas específicas do mistério:
Acessar
profundezas e iluminar as coisas, os encantamentos e assombros
Experienciar
e transformar estruturas
Leo Rodrigues
Corpo
(In)voluntário
Força:
agente relacionado com as alterações de movimento e repouso de um corpo.
Espasmos:
contração involuntária, não ritmada, de um ou vários músculos, podendo ocorrer
isolada ou continuamente, sendo dolorosa ou não.
Contração:
encurtamento ou redução do volume de um músculo ou órgão, voluntária ou
involuntária, devido a tensão.
Descontrole:
falta de controle, de domínio; desgoverno, desequilíbrio, desorientação.
Verbetes complementares: tensionamento e
soltura; equilíbrios precários; formas contraproducentes de sustentação.
Maria
Ramalho
Acordada
a atenção à textura tanto lisa quanto grossa que toca a pele suada.
Sentir
e buscar sentir conforto dentro do calor.
Envolver
ao ponto de um pequeno e quase desespero.
Não
parar de gostar ao ponto de não querer sair para respirar.
Entrar.
Nesse
lugar.
Espaço
criado.
Na
mesma pele, gastura.
Respiro
rarefeito, articulação dobrada.
Cabeça
puxada por um pé pisado.
Esticadas
as bordas pelo braço.
Caminhos
que não são naturalmente insinuados.
O
que move o corpo às vezes se assemelha ao que move a humanidade.
O
ser submetido ao que não é apenas sem vida, mas a não vida em si, goza de um
prazer estranho que precisa ser renovado a cada instante.
Duas
belezas revelam-se: uma consumível e uma inquietante.
No
ato do descarte, a segunda asfixiou-se na primeira.
Muito
movimento pra ser arte visual.
Pouco
movimento pra ser dança.
Medidas
paliativas não servirão para o que foi inventado.
Ventilar
parece amenizar o estrago.
Danilo Fleury e Rebeca Damian participaram de todo o processo, mas não puderam compartilhar seus solos por questões de agenda.
Soraya Martins é mestre em Teoria da Literatura pela FALE/UFMG. Graduada em Letras - Licenciatura Português e Italiano. Atriz cofundadora da Sofisticada Companhia de Teatro, atua no cenário artístico mineiro como atriz e pesquisadora do teatro afro-brasileiro e tem em seu currículo trabalhos realizados junto a diversas companhias, entre elas Companhia Candongas, Grupo do Beco e Caixa de Fósforos).
Camaleões e Sacolas na cabeça foram mencionados, aqui o trecho que fala sobre os nossos trabalhos:
Camaleões fotografado por Isabela Bugmann em Salvador-BA durante o XI FIAC-BAHIA
"Em tempos sombrios, precisamos ser camaleônicos, atuar nas brechas, nos resíduos, nos hiatos de tempo-existência e tempo-espaço. A performance Camaleões, da Anti Status Quo Companhia de Dança, foi para a rua e levou para 2 de julho a urgência de repensar certezas a partir da construção de dramaturgias críticas e reflexivas. Corpos cobertos por imagens, frases e palavras retiradas de jornais e revistas invadiram e se perderam em meio ao centro de Salvador, em meio a poluição visual, sonora e do ar de uma grande cidade brasileira. No hiato de um açougue e a promoção de um quilo de alcatra, quem é a carne mais barata do mercado? Quantas notícias consigo pregar na minha bunda? No turbilhão de palavras, revistas e jornais de uma banca de esquina, qual palavra vale mais? Esse corpo coberto de notícias também é fake? É teatro? É de esquerda ou de direita? Quem quer roubar a cena? Esses corpos entre caixas de papelão, talvez lixos, têm dignidade humana? Posso chutar? É resto? Estamos anestesiados e sem capacidade de sentir? Vestimos Sacolas na cabeça (outra performance da Anti Status Quo Companhia de Dança) e fomos sufocados pelas coisas que desesperadamente queremos consumir? A sacola, símbolo do consumismo, virou máscara e também mote de interação e reflexão para pensarmos o mundo em que vivemos e repensarmos o mundo em que vamos querer viver. E vendo essa performance, a minha urgência, lá do Diálogo/Terreiro, se faz mais uma vez pulsante: fabular outros mundos a partir da partilha do sensível que a arte nos oferece. A performance da Cia de dança de Brasília fissura esse lugar da partilha, da arte como experiência e do espectador como partícipe de um jogo que ficcionaliza a realidade, por isso tão potente e desestabilizador, tão necessário de estar nas ruas e encruzilhadas".
Por Soraya Martins
Gratos pelo olhar de Soraya Martins e por mais essa reverberação do XI FIAC BAHIA!
Amanhã, quinta-feira, dia 13/12, as 12:15 no Centro de Dança do DF, o Núcleo de Formação da Anti Status Quo Companhia de Dança fará o segundo compartilhamento dos processos de criação de solos que começamos a desenvolver este ano na Oficina de criação em dança com Luciana Lara. A oficina durou 3 meses ( de 14 de maio a 14 de agosto deste ano) e aí com o desejo de dar continuidade a criação dos solos seguimos trabalhando!
Fizemos o primeiro compartilhamento quando finalizamos a Oficina nos dias 17 e 18 de agosto com a participação de um público muito bacana de amigos, integrantes da comunidade da dança de Brasília e interessados em geral com um bate papo no final.
Resolvemos repetir a dose com o mesmo espírito do primeiro. A ideia deste segundo compartilhamento público é compartilhar o atual momento dos solos que ainda estão em processo pra trocar um pouco e encerrar o ano!
Venha viver esses momentos com a gente e depois bater um papo sobre dança, processos criativos, arte e vida!
Convidamos especialmente as pessoas que tiveram no primeiro compartilhamento para aprofundar as reflexões! Vem gente!
Ontem, sábado, dia 17/11/2018 a TV Bahia veiculou no programa Mosaico Baiano uma reportagem sobre a intervenção urbana Camaleões da Anti Status Quo Companhia de Dança realizada no bairro de 2 de julho em Salvador durante o IX FIAC BAHIA !
Anti Status Quo acaba de voltar de dois festivais incríveis o XI FIAC - BAHIA em Salvador e a Bienal de Dança do Ceará - De par em par em Fortaleza !
Agradecemos a dedicação das equipes de produção, o cuidado e carinho com nosso trabalho, os encontros e as trocas! Guardaremos na nossa historia e corpos momentos incríveis de nossas participações !
Parabéns aos diretores David Linhares ( Bienal) e e Felipe Assis ( FIAC) e toda as suas equipes. Vida longa, mais do que nunca, aos festivais de artes cênicas no Brasil! Resistiremos e estamos juntos!
* Não deixe de conferir este site, ele é muito completo e está para além de só anunciar as atrações, tem entrevistas com os artistas participantes que expande o alcance do Festival e mostra todo o pensamento e a produção de conhecimento por trás de cada trabalho e de cada atividade do festival! Uma potência!
Palavras do FIAC:
O FIAC Bahia chega a sua 11a edição no dia 23 de outubro de 2018 com apoio financeiro do Estado do Bahia e realização da 7Oito Projetos & Produções.
O início desta nova década de festival é marcado por muitas tensões e uma enorme imprevisibilidade em relação ao porvir.
Um tempo que teima em se espiralar a revelia do olhar que tem predileção por linhas retas e nos lembra, com ares incrédulos, que se comemoram 40 anos do Movimento Negro Unificado, 50 anos do Maio de 68, 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e 86 anos do voto feminino no Brasil no mesmo ano de aprofundamento do Golpe. Ano em que sopram novamente discursos totalitários. A história se repete.
Para afirmar nosso espírito solar num contragolpe ao momento sombrio de tantos emaranhados, evocamos a encruzilhada como potência, na perspectiva de abertura de novos caminhos e possibilidades. E aqui nos inspiramos em vozes que ecoam noutros cantos deste país: salve Rufino e Simas, que nos alimentaram com outras epistemologias.
É com este espírito que o FIAC Bahia 2018 perambula pelas ruas e promove encontros para evocar outros saberes nas esquinas que embaralham categorias e brincam com as ambivalências.
Neste movimento, a palavra é corpo, é intervenção: a língua se dobra na possibilidade de cultivar exercícios de escuta para recompor aquilo que é desmontado à olhos vistos.
E se o espetáculo já está posto, nos ponhamos a rasurá-lo: o clown ensina a rir das nossas certezas e enfrentar o inacabamento, enquanto as crianças tripudiam das nossas lógicas e afirmam a infância como espaço para a abertura de mundos e futuros.
A convocação para estarmos juntos assenta esta 11a edição, amarrando os interstícios do festival que se reconhece como espaço de formação e reafirma o seu compromisso com a cidade.
Que em 2018 possamos nos reinventar nestes cruzos!
#FIACabrecaminho
Participação da Companhia no FIAC:
No XI FIAC Bahia a Anti Status Quo Companhia de Dança realizou 3 apresentaçoes: Uma de Camaleões e duas de Sacolas na cabeça. Nossas apresentações em Salvador-BA fazem parte do projeto ASQ outside the black box contemplado pelo FAC 1/2015.
Felipe Assis, diretor do FIAC -BAHIA, fala sobre a XI edição do festival na tv:
Programa Soterópolis: Felipe Assis, diretor do FIAC-BAHIA e Rita Aquino, coordenadora das atividades formativas falam sobre o festival.
Programa Mosaico Baiano: Reportagem sobre Camaleões durante a intervenção no Largo 2 de Julho, Centro de Salvador durante o XI FIAC Bahia, no programa Mosaico Baiano, na TV Bahia vinculado no dia 17/11/2018: Acesse o link: https://globoplay.globo.com/v/7167217/
Vídeos sobre os trabalhos da Companhia apresentados no FIAC: Camaleões:
Sacolas na cabeça
Momentos de Camaleões no bairro 2 de julho em Salvador:
Fotos: Luciana Lara
Camaleões
Camaleões é uma intervenção urbana feita de desaparecimentos. Corpos cobertos por imagens e palavras tiradas de jargões publicitários perdem seus contornos na poluição visual do ambiente urbano e se fundem a vitrines, entradas de lojas, paredes, muros, outdoors. Formando uma segunda pele, o material gera conotações que denunciam valores, ideologias e noções de corpos manipulados e distorcidos pelo sistema econômico vigente. A pessoa desaparece naquilo que produz e consome, revelando as dimensões escondidas pela mecanização e anestesia do corpo-mente no cotidiano.
Direção artística e conceito: Luciana Lara
Bailarinos interventores: Camilla Nyarady, Déborah Alessandra, João Lima, Luciana Matias, Marcia Regina, Raoni Carricondo, Roberto Dagô e Robson Castro
Bailarinos colaboradores do processo criativo: Breno Metre, Gigliola Mendes, Leandro Menezes e Paula Medeiros
Montagem do figurino: Luciana Lara e elenco
Assistente de Produção: Marconi Valadares
Fotos divulgação: Luciana Lara, Nada Zgank, Renato Mosca
Duração: Aproximadamente 60 min
Censura: Livre
Entrada Franca
Anti Status Quo Companhia de Dança é um laboratório independente de criação em dança. O nome surge do desejo pela experimentação e traz a urgência de repensar certezas a partir da construção de dramaturgias críticas e políticas, dialogando com as artes visuais e diferentes disciplinas não-artísticas. Ela foi criada em 1988 e é formada atualmente por dez artistas. O grupo vem investindo em produções para diferentes suportes e realiza residências artísticas com artistas convidados para intercâmbio e colaboração durante seus processos criativos. A Companhia participa do FIAC como parte do projeto “ASQ outside the black box” patrocinado pelo FAC Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.
Sacolas na Cabeça no bairro de Plataforma em Salvador:
Foto: Luiz Antonio
Foto: Luiz Antonio
Fotos: Luciana Lara:
Video: Luiz Antonio
Oficina/ residência no Centro Cultural Plataforma no bairro de Plataforma
Sacolas na cabeça
Pessoas andam pela cidade vestindo sacolas na cabeça. Uma invasão de seres que desafiam a lógica e instigam a realidade, criando um mundo paralelo. A sacola vira uma provocação. Um objeto relacional disparador do que está latente no momento. Ícone da sociedade de consumo e do sistema capitalista, ela vira máscara, mas também convite à interação. Os sacolas na cabeça atraem olhares e viram pontos focais, direcionando a percepção do transeunte na paisagem difusa da cidade para composições que revelam e ressignificam o próprio espaço urbano.
Concepção e direção artística: Luciana Lara
Bailarinos interventores: Camilla Nyarady, Déborah Alessandra, João Lima, Luciana Matias, Marcia Regina, Raoni Carricondo, Robson Castro, Roberto Dagô e artistas convidados
Figurino: Luciana Lara e elenco
Assistente de Produção: Marconi Valadares
Fotos divulgação: Luciana Lara, Thiago Araújo, Sartoryi Sartoryi e Danilo Cava
Duração: Aproximadamente 60 min
Censura: Livre
Entrada Franca
A participação da Anti Status Quo Companhia de Dança com seu espetáculo "De Carne e Concreto -Uma Instalação Coreográfica nesta edição de 2018 da Bienal, só foi possível graças ao apoio do Governo do Distrito Federal por meio do Programa Conexão Cultura DF.
Palavras da Bienal:
A Bienal Internacional de Dança do Ceará / de Par em Par, ou simplesmente Bienal de Par em Par, como ficou conhecida, teve sua primeira edição realizada em 2008. O propósito principal desse projeto era criar possibilidades para que distintas ações da Bienal, sobretudo aquelas de caráter formativo, pudessem seguir se desdobrando para além do período do evento. Um outro traço presente na gênese da Bienal de Par em Par era a abertura de espaço para que as várias interfaces da dança com outras expressões artísticas, tais como o teatro, a performance, as artes visuais, o vídeo e o cinema pudessem ser inseridas na programação do evento. Passada uma década desde o advento de sua primeira realização, a Bienal de Par em Par celebra sua 6ª edição e seus dez anos de existência fazendo um exercício de “retorno às origens”.
Atravessando, como vários outros festivais artísticos do Brasil, um período de terríveis adversidades decorrentes não só da crise econômica que o país atravessa, mas também do descaso e de tantos outros descalabros promovidos por um governo federal tão insensível à cultura que chegou a propor a extinção do próprio Ministério da Cultura, a Bienal acontece esse ano unicamente em função de sua teimosia e resiliência. Teimosia e resiliência que ante a escassez de recursos, as manifestações de racismo, homofobia, intolerância e extremismos que grassam pelo país, nos instigam a seguir adiante afirmando ainda mais veementemente os valores da pluralidade, do respeito à diferença, do diálogo, da liberdade e da invenção. Pautados por essas referências e contando com a parceria de amigos, colegas, artistas e instituições que a elas se alinham, conseguimos contornar uma série de obstáculos para que esse evento pudesse se concretizar. As parcerias são a marca dessa Bienal de Par em Par!
Em 2018, o festival apresenta uma série de mostras associadas que conferem uma enorme diversidade de proposições à programação artística. Algumas dessas mostras são produzidas diretamente pela Bienal, outras são eventos associados que atuam de forma sinérgica com nossa programação artística e formativa visando a ampliar o alcance das ações propostas.
A programação artística traz companhias do Canadá e da Suíça – Cie. Marie Chouinard e Cie. Alias respectivamente – além de grupos e artistas expressivos da cena nacional, tais como a artista multimídia Linn da Quebrada, o grupo Cena 11, a performer Jussara Belchior, a Anti Satus Quo Companhia de Dança/Luciana Lara, a Cia Nós No Bambu/Poema Mühlenberg e Ângelo Madureira.
A presença de artistas internacionais é ampliada por meio do Percursos de Criação, contando com a presença de Amy Bell, artista do Reino Unido, e de Fabrice Ramalingon, coreógrafo francês de com vasta carreira internacional. grande projeção. Esses artistas atuam em processos criativos junto a companhias e grupos locais e parte do resultado desses processos é agora apresentado na programação.
O espaço destinado aos artistas cearenses ganha um destaque especial nessa edição. Contando com várias curadorias e com as mostras associadas “Pequenos Trabalhos Não São Trabalhos Pequenos”, Canteiros de Criação: atitudes criativas nos espaços formativos, II Festival Internacional de Danças Urbanas na Cena, mais de 150 trabalhos serão apresentados.
As mostras de videodança REDIV e on tour também integram as mostras associadas, apresentando 23 curtas de dança de vários países.
Incluindo trabalhos que fazem dialogar a dança, o teatro, a performance, o audiovisual, as artes visuais, o circo, entre outras manifestações artísticas, essas plataformas são provavelmente o que melhor retrata esse movimento de “retorno às origens” da Bienal de Par em Par.
Como em outras edições, abrangendo trabalhos locais e nacionais, a programação estende-se por quatro cidades do interior do Ceará: Itapipoca, Trairi, Paracuru e Pacatuba. Ao longo dos anos, esses municípios tornaram-se não só destinos frequentes do evento, mas parceiros importantes para a inclusão de novos públicos e para a geração de sinergia na realização de ações conjuntas.
Entre as ações formativas da Bienal de Par em Par, destaca-se o projeto Trajetos EnCena, realizado desde 2015 e concebido como uma ação de promoção do acesso ao saberes e fazeres das produções coreográficas. Em 2018 apresentará duas criações coreográficas com jovens do Grande Vicente Pinzon, do Bom Jardim e de diversos outros bairros de Fortaleza.
Uma outra importante realização é o “Diálogos Quebec / Ceará – intercâmbios artísticos e acadêmicos em dança”. Trata-se de uma ação envolvendo professores do departamento de dança da UQAM – Université du Quebec à Montréal e professores das graduações em dança da UFC com a finalidade de dar início a uma aproximação e a parcerias entre as cenas coreográficas e acadêmicas do Ceará e do Quebec.
Contemplar à distância a programação da Bienal de Par em Par 2018 equivale a observar de longe um grande mosaico, multi referenciado, sem forma definida, banhado de tons que se interpenetram e se misturam, atravessado e pontilhado por vetores e campos de força. Muitos modos de ver, perceber e fazer. Quanto mais próximo, mais polissêmico torna-se esse mosaico, evidenciando particularidades que dão a ver múltiplas singularidades; o que se revela é a policromia de distintos contextos e paisagens refratada pelos olhares das várias curadorias presentes nessa edição da Bienal de Par em Par.
Essa Bienal se faz da soma de muitos desejos e olhares, de muitas mãos e cumplicidades. Como uma dança que nunca cessa, diferenciando-se em sua própria repetição e teimosia, segue em busca de novos possíveis, insiste em afirmar a alegria e a empatia, a beleza e a graça dos encontros, a potência da arte e da vida. Venha celebrar conosco a dança em suas pluralidades. Encontremo-nos!
Momentos De Carne e concreto -Uma Instalação Coreográfica na Bienal:
2014 | 140 min | 18 anos
De Carne e Concreto - Uma instalação coreográfica é
um convite para ficar totalmente imerso e participar de uma experiência e de
uma reflexão sobre a atual condição urbana humana a partir da perspectiva do
corpo. Na fronteira entre a dança contemporânea, a performance art, as artes
visuais e o experimento social, o trabalho inclui o espaço e o público como
parte constituinte da obra e coloca o corpo e o comportamento humano no centro
das questões dramatúrgicas, levantando questões sobre como viver em sociedade
em grandes centros urbanos e como a lógica do sistema econômico atual molda
nossos desejos e ações.
23/10 | 18h | Galeria Multiuso - Dragão do mar – Fortaleza
Direção Artística, Dramaturgia e Conceito Luciana Lara
Pesquisa e Concepção Luciana Lara em colaboração com bailarinos e artistas
convidados colaboradores Elenco Camilla Nyarady, Déborah Alessandra, João Lima,
Luciana Matias, Marcia Regina, Raoni Carricondo, Robson Castro, Roberto Dagô
Bailarinos colaboradores do processo criativo Camilla Nyarady, Carolina Carret,
Cristhian Cantarino, João Lima, Luara Learth, Raoni Carricondo, Robson Castro,
Vinícius Santana Artistas convidados colaboradores do processo criativo Marcelo
Evelin, Gustavo Ciríaco, Denise Stutz Figurino e Máscaras Luciana Lara e
elenco Assessoria de iluminação James Fensterseifer, Marcelo Augusto Produção
Marconi Valadares, Luciana Lara
Fotos de Luiz Alves ( fotógrafo da Bienal) durante a performance:
Bastidores ( fotos Luciana Lara:
Saiu na imprensa de Fortaleza:
Trecho:
"De carne e concreto - uma instalação coreográfica", da Anti Status Quo Companhia de Dança (DF): vale-se da performance art, das artes visuais e de experimentos sociais para refletir sobre a atual condição humana das grandes metrópoles, a partir da perspectiva do corpo, incluindo espaço e público como partes da obra.