Anti Status Quo acaba de voltar de dois festivais incríveis o XI FIAC - BAHIA em Salvador e a Bienal de Dança do Ceará - De par em par em Fortaleza !
Agradecemos a dedicação das equipes de produção, o cuidado e carinho com nosso trabalho, os encontros e as trocas! Guardaremos na nossa historia e corpos momentos incríveis de nossas participações !
Parabéns aos diretores David Linhares ( Bienal) e e Felipe Assis ( FIAC) e toda as suas equipes. Vida longa, mais do que nunca, aos festivais de artes cênicas no Brasil! Resistiremos e estamos juntos!
Confira o que aconteceu em cada Festival!
FIAC-BAHIA: http://www.fiacbahia.com.br
* Não deixe de conferir este site, ele é muito completo e está para além de só anunciar as atrações, tem entrevistas com os artistas participantes que expande o alcance do Festival e mostra todo o pensamento e a produção de conhecimento por trás de cada trabalho e de cada atividade do festival! Uma potência!
Palavras do FIAC:
O início desta nova década de festival é marcado por muitas tensões e uma enorme imprevisibilidade em relação ao porvir.
Um tempo que teima em se espiralar a revelia do olhar que tem predileção por linhas retas e nos lembra, com ares incrédulos, que se comemoram 40 anos do Movimento Negro Unificado, 50 anos do Maio de 68, 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e 86 anos do voto feminino no Brasil no mesmo ano de aprofundamento do Golpe. Ano em que sopram novamente discursos totalitários. A história se repete.
Para afirmar nosso espírito solar num contragolpe ao momento sombrio de tantos emaranhados, evocamos a encruzilhada como potência, na perspectiva de abertura de novos caminhos e possibilidades. E aqui nos inspiramos em vozes que ecoam noutros cantos deste país: salve Rufino e Simas, que nos alimentaram com outras epistemologias.
É com este espírito que o FIAC Bahia 2018 perambula pelas ruas e promove encontros para evocar outros saberes nas esquinas que embaralham categorias e brincam com as ambivalências.
Neste movimento, a palavra é corpo, é intervenção: a língua se dobra na possibilidade de cultivar exercícios de escuta para recompor aquilo que é desmontado à olhos vistos.
E se o espetáculo já está posto, nos ponhamos a rasurá-lo: o clown ensina a rir das nossas certezas e enfrentar o inacabamento, enquanto as crianças tripudiam das nossas lógicas e afirmam a infância como espaço para a abertura de mundos e futuros.
A convocação para estarmos juntos assenta esta 11a edição, amarrando os interstícios do festival que se reconhece como espaço de formação e reafirma o seu compromisso com a cidade.
Que em 2018 possamos nos reinventar nestes cruzos!
#FIACabrecaminho
Participação da Companhia no FIAC:
No XI FIAC Bahia a Anti Status Quo Companhia de Dança realizou 3 apresentaçoes: Uma de Camaleões e duas de Sacolas na cabeça. Nossas apresentações em Salvador-BA fazem parte do projeto ASQ outside the black box contemplado pelo FAC 1/2015.
Olha o que saiu na imprensa:
Links para as reportagens:
https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/cenas-inusitadas-provocam-curiosidade-nas-ruas-de-salvador/
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2018/10/19/festival-internacional-de-artes-cenicas-da-bahia-comeca-na-proxima-terca-feira-veja-programacao.ghtml
Confira os vídeos:
Felipe Assis, diretor do FIAC -BAHIA, fala sobre a XI edição do festival na tv:
Programa Soterópolis: Felipe Assis, diretor do FIAC-BAHIA e Rita Aquino, coordenadora das atividades formativas falam sobre o festival.
Programa Mosaico Baiano:
Reportagem sobre Camaleões durante a intervenção no Largo 2 de Julho, Centro de Salvador durante o XI FIAC Bahia, no programa Mosaico Baiano, na TV Bahia vinculado no dia 17/11/2018:
Acesse o link:
https://globoplay.globo.com/v/7167217/
Vídeos sobre os trabalhos da Companhia apresentados no FIAC:
Camaleões:
Sacolas na cabeça
Momentos de Camaleões no bairro 2 de julho em Salvador:
Fotos: Luciana Lara
Camaleões é uma intervenção urbana feita de desaparecimentos. Corpos cobertos por imagens e palavras tiradas de jargões publicitários perdem seus contornos na poluição visual do ambiente urbano e se fundem a vitrines, entradas de lojas, paredes, muros, outdoors. Formando uma segunda pele, o material gera conotações que denunciam valores, ideologias e noções de corpos manipulados e distorcidos pelo sistema econômico vigente. A pessoa desaparece naquilo que produz e consome, revelando as dimensões escondidas pela mecanização e anestesia do corpo-mente no cotidiano.
Direção artística e conceito: Luciana Lara
Bailarinos interventores: Camilla Nyarady, Déborah Alessandra, João Lima, Luciana Matias, Marcia Regina, Raoni Carricondo, Roberto Dagô e Robson Castro
Bailarinos colaboradores do processo criativo: Breno Metre, Gigliola Mendes, Leandro Menezes e Paula Medeiros
Montagem do figurino: Luciana Lara e elenco
Assistente de Produção: Marconi Valadares
Fotos divulgação: Luciana Lara, Nada Zgank, Renato Mosca
Duração: Aproximadamente 60 min
Censura: Livre
Entrada Franca
Anti Status Quo Companhia de Dança é um laboratório independente de criação em dança. O nome surge do desejo pela experimentação e traz a urgência de repensar certezas a partir da construção de dramaturgias críticas e políticas, dialogando com as artes visuais e diferentes disciplinas não-artísticas. Ela foi criada em 1988 e é formada atualmente por dez artistas. O grupo vem investindo em produções para diferentes suportes e realiza residências artísticas com artistas convidados para intercâmbio e colaboração durante seus processos criativos. A Companhia participa do FIAC como parte do projeto “ASQ outside the black box” patrocinado pelo FAC Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.
facebook.com/asqciadedanca
insta @antistatusquociadedanca
www.criacaoabertaantistatusquo.blogspot.com.br
Momentos Sacolas na cabeça no Pelourinho:
Oficina/residência Sacolas na cabeça na Funceb
Fotos: Isabela Buigmann
Foto: Isabela Bugmann
Foto: Luciana Lara
Sacolas na Cabeça no bairro de Plataforma em Salvador:
Foto: Luiz Antonio
Foto: Luiz Antonio
Fotos: Luciana Lara:
Video: Luiz Antonio
Oficina/ residência no Centro Cultural Plataforma no bairro de Plataforma
Sacolas na cabeça
Pessoas andam pela cidade vestindo sacolas na cabeça. Uma invasão de seres que desafiam a lógica e instigam a realidade, criando um mundo paralelo. A sacola vira uma provocação. Um objeto relacional disparador do que está latente no momento. Ícone da sociedade de consumo e do sistema capitalista, ela vira máscara, mas também convite à interação. Os sacolas na cabeça atraem olhares e viram pontos focais, direcionando a percepção do transeunte na paisagem difusa da cidade para composições que revelam e ressignificam o próprio espaço urbano.
Concepção e direção artística: Luciana Lara
Bailarinos interventores: Camilla Nyarady, Déborah Alessandra, João Lima, Luciana Matias, Marcia Regina, Raoni Carricondo, Robson Castro, Roberto Dagô e artistas convidados
Figurino: Luciana Lara e elenco
Assistente de Produção: Marconi Valadares
Fotos divulgação: Luciana Lara, Thiago Araújo, Sartoryi Sartoryi e Danilo Cava
Duração: Aproximadamente 60 min
Censura: Livre
Entrada Franca
Bienal de Dança do Ceará - De par em par: http://www.bienaldedanca.com
A participação da Anti Status Quo Companhia de Dança com seu espetáculo "De Carne e Concreto -Uma Instalação Coreográfica nesta edição de 2018 da Bienal, só foi possível graças ao apoio do Governo do Distrito Federal por meio do Programa Conexão Cultura DF.
Palavras da Bienal:
A Bienal Internacional de Dança do Ceará / de Par em Par, ou simplesmente Bienal de Par em Par, como ficou conhecida, teve sua primeira edição realizada em 2008. O propósito principal desse projeto era criar possibilidades para que distintas ações da Bienal, sobretudo aquelas de caráter formativo, pudessem seguir se desdobrando para além do período do evento. Um outro traço presente na gênese da Bienal de Par em Par era a abertura de espaço para que as várias interfaces da dança com outras expressões artísticas, tais como o teatro, a performance, as artes visuais, o vídeo e o cinema pudessem ser inseridas na programação do evento. Passada uma década desde o advento de sua primeira realização, a Bienal de Par em Par celebra sua 6ª edição e seus dez anos de existência fazendo um exercício de “retorno às origens”.
Atravessando, como vários outros festivais artísticos do Brasil, um período de terríveis adversidades decorrentes não só da crise econômica que o país atravessa, mas também do descaso e de tantos outros descalabros promovidos por um governo federal tão insensível à cultura que chegou a propor a extinção do próprio Ministério da Cultura, a Bienal acontece esse ano unicamente em função de sua teimosia e resiliência. Teimosia e resiliência que ante a escassez de recursos, as manifestações de racismo, homofobia, intolerância e extremismos que grassam pelo país, nos instigam a seguir adiante afirmando ainda mais veementemente os valores da pluralidade, do respeito à diferença, do diálogo, da liberdade e da invenção. Pautados por essas referências e contando com a parceria de amigos, colegas, artistas e instituições que a elas se alinham, conseguimos contornar uma série de obstáculos para que esse evento pudesse se concretizar. As parcerias são a marca dessa Bienal de Par em Par!
Em 2018, o festival apresenta uma série de mostras associadas que conferem uma enorme diversidade de proposições à programação artística. Algumas dessas mostras são produzidas diretamente pela Bienal, outras são eventos associados que atuam de forma sinérgica com nossa programação artística e formativa visando a ampliar o alcance das ações propostas.
A programação artística traz companhias do Canadá e da Suíça – Cie. Marie Chouinard e Cie. Alias respectivamente – além de grupos e artistas expressivos da cena nacional, tais como a artista multimídia Linn da Quebrada, o grupo Cena 11, a performer Jussara Belchior, a Anti Satus Quo Companhia de Dança/Luciana Lara, a Cia Nós No Bambu/Poema Mühlenberg e Ângelo Madureira.
A presença de artistas internacionais é ampliada por meio do Percursos de Criação, contando com a presença de Amy Bell, artista do Reino Unido, e de Fabrice Ramalingon, coreógrafo francês de com vasta carreira internacional. grande projeção. Esses artistas atuam em processos criativos junto a companhias e grupos locais e parte do resultado desses processos é agora apresentado na programação.
O espaço destinado aos artistas cearenses ganha um destaque especial nessa edição. Contando com várias curadorias e com as mostras associadas “Pequenos Trabalhos Não São Trabalhos Pequenos”, Canteiros de Criação: atitudes criativas nos espaços formativos, II Festival Internacional de Danças Urbanas na Cena, mais de 150 trabalhos serão apresentados.
As mostras de videodança REDIV e on tour também integram as mostras associadas, apresentando 23 curtas de dança de vários países.
Incluindo trabalhos que fazem dialogar a dança, o teatro, a performance, o audiovisual, as artes visuais, o circo, entre outras manifestações artísticas, essas plataformas são provavelmente o que melhor retrata esse movimento de “retorno às origens” da Bienal de Par em Par.
Como em outras edições, abrangendo trabalhos locais e nacionais, a programação estende-se por quatro cidades do interior do Ceará: Itapipoca, Trairi, Paracuru e Pacatuba. Ao longo dos anos, esses municípios tornaram-se não só destinos frequentes do evento, mas parceiros importantes para a inclusão de novos públicos e para a geração de sinergia na realização de ações conjuntas.
Entre as ações formativas da Bienal de Par em Par, destaca-se o projeto Trajetos EnCena, realizado desde 2015 e concebido como uma ação de promoção do acesso ao saberes e fazeres das produções coreográficas. Em 2018 apresentará duas criações coreográficas com jovens do Grande Vicente Pinzon, do Bom Jardim e de diversos outros bairros de Fortaleza.
Uma outra importante realização é o “Diálogos Quebec / Ceará – intercâmbios artísticos e acadêmicos em dança”. Trata-se de uma ação envolvendo professores do departamento de dança da UQAM – Université du Quebec à Montréal e professores das graduações em dança da UFC com a finalidade de dar início a uma aproximação e a parcerias entre as cenas coreográficas e acadêmicas do Ceará e do Quebec.
Contemplar à distância a programação da Bienal de Par em Par 2018 equivale a observar de longe um grande mosaico, multi referenciado, sem forma definida, banhado de tons que se interpenetram e se misturam, atravessado e pontilhado por vetores e campos de força. Muitos modos de ver, perceber e fazer. Quanto mais próximo, mais polissêmico torna-se esse mosaico, evidenciando particularidades que dão a ver múltiplas singularidades; o que se revela é a policromia de distintos contextos e paisagens refratada pelos olhares das várias curadorias presentes nessa edição da Bienal de Par em Par.
Essa Bienal se faz da soma de muitos desejos e olhares, de muitas mãos e cumplicidades. Como uma dança que nunca cessa, diferenciando-se em sua própria repetição e teimosia, segue em busca de novos possíveis, insiste em afirmar a alegria e a empatia, a beleza e a graça dos encontros, a potência da arte e da vida. Venha celebrar conosco a dança em suas pluralidades. Encontremo-nos!
Momentos De Carne e concreto -Uma Instalação Coreográfica na Bienal:
2014 | 140 min | 18 anos
De Carne e Concreto - Uma instalação coreográfica é
um convite para ficar totalmente imerso e participar de uma experiência e de
uma reflexão sobre a atual condição urbana humana a partir da perspectiva do
corpo. Na fronteira entre a dança contemporânea, a performance art, as artes
visuais e o experimento social, o trabalho inclui o espaço e o público como
parte constituinte da obra e coloca o corpo e o comportamento humano no centro
das questões dramatúrgicas, levantando questões sobre como viver em sociedade
em grandes centros urbanos e como a lógica do sistema econômico atual molda
nossos desejos e ações.
23/10 | 18h | Galeria Multiuso - Dragão do mar – Fortaleza
Direção Artística, Dramaturgia e Conceito Luciana Lara
Pesquisa e Concepção Luciana Lara em colaboração com bailarinos e artistas
convidados colaboradores Elenco Camilla Nyarady, Déborah Alessandra, João Lima,
Luciana Matias, Marcia Regina, Raoni Carricondo, Robson Castro, Roberto Dagô
Bailarinos colaboradores do processo criativo Camilla Nyarady, Carolina Carret,
Cristhian Cantarino, João Lima, Luara Learth, Raoni Carricondo, Robson Castro,
Vinícius Santana Artistas convidados colaboradores do processo criativo Marcelo
Evelin, Gustavo Ciríaco, Denise Stutz Figurino e Máscaras Luciana Lara e
elenco Assessoria de iluminação James Fensterseifer, Marcelo Augusto Produção
Marconi Valadares, Luciana Lara
Bastidores ( fotos Luciana Lara:
Saiu na imprensa de Fortaleza:
Trecho:
"De carne e concreto - uma instalação coreográfica", da Anti Status Quo Companhia de Dança (DF): vale-se da performance art, das artes visuais e de experimentos sociais para refletir sobre a atual condição humana das grandes metrópoles, a partir da perspectiva do corpo, incluindo espaço e público como partes da obra.
Link: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/verso/celebracao-do-movimento-na-sexta-edicao-da-bienal-internacional-de-danca-do-ceara-1.2014311
Outros links de reportagens:
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/verso/online/como-apreciar-um-espetaculo-de-danca-contemporanea-1.2014421
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