14/12/2018

Saiu uma crítica sobre Camaleões e Sacolas na cabeça na Horizonte da cena, onde Soraya Martins fala com detalhes sobre XI FIAC Bahia ! Vale a pena conferir!

Saiu no site de crítica "Horizonte da cena " o texto: Sobre afetividades e reconfigurações ou fragmentos de um festival - Reflexões e expansões a partir do FIAC 2018 de Soraya Martins


Soraya Martins é mestre em Teoria da Literatura pela FALE/UFMG. Graduada em Letras - Licenciatura Português e Italiano. Atriz cofundadora da Sofisticada Companhia de Teatro, atua no cenário artístico mineiro como atriz e pesquisadora do teatro afro-brasileiro e tem em seu currículo trabalhos realizados junto a diversas companhias, entre elas Companhia Candongas, Grupo do Beco e Caixa de Fósforos).


Camaleões e Sacolas na cabeça foram mencionados, aqui o trecho que fala sobre os nossos trabalhos:









Camaleões fotografado por Isabela Bugmann em Salvador-BA durante o XI FIAC-BAHIA 



"Em tempos sombrios, precisamos ser camaleônicos, atuar nas brechas, nos resíduos, nos hiatos de tempo-existência e tempo-espaço. A performance Camaleões, da Anti Status Quo Companhia de Dança, foi para a rua e levou para 2 de julho a urgência de repensar certezas a partir da construção de dramaturgias críticas e reflexivas. Corpos cobertos por imagens, frases e palavras retiradas de jornais e revistas invadiram e se perderam em meio ao centro de Salvador, em meio a poluição visual, sonora e do ar de uma grande cidade brasileira. No hiato de um açougue e a promoção de um quilo de alcatra, quem é a carne mais barata do mercado? Quantas notícias consigo pregar na minha bunda? No turbilhão de palavras, revistas e jornais de uma banca de esquina, qual palavra vale mais? Esse corpo coberto de notícias também é fake? É teatro? É de esquerda ou de direita? Quem quer roubar a cena? Esses corpos entre caixas de papelão, talvez lixos, têm dignidade humana? Posso chutar? É resto? Estamos anestesiados e sem capacidade de sentir? Vestimos Sacolas na cabeça (outra performance da Anti Status Quo Companhia de Dança) e fomos sufocados pelas coisas que desesperadamente queremos consumir? A sacola, símbolo do consumismo, virou máscara e também mote de interação e reflexão para pensarmos o mundo em que vivemos e repensarmos o mundo em que vamos querer viver. E vendo essa performance, a minha urgência, lá do Diálogo/Terreiro, se faz mais uma vez pulsante: fabular outros mundos a partir da partilha do sensível que a arte nos oferece. A performance da Cia de dança de Brasília fissura esse lugar da partilha, da arte como experiência e do espectador como partícipe de um jogo que ficcionaliza a realidade, por isso tão potente e desestabilizador, tão necessário de estar nas ruas e encruzilhadas".


Por Soraya Martins


Gratos pelo olhar de Soraya Martins e por mais essa reverberação do XI FIAC BAHIA!


Click no link pra ver o texto na íntegra e conhecer um pouco do que rolou no festival: http://www.horizontedacena.com/sobre-afetividades-e-reconfiguracoes-ou-fragmentos-de-um-festival/

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