Saiu uma crítica do trabalho "De Carne e Concreto - Uma Instalação Coreográfica" no site de críticas Horizonte da Cena intitulada : "A Materialidade dos movimentos fazendo carne, decompondo mundos e abrindo brechas de presença". Os autores, Clóvis Domingos, e Mário Rosa assistiram a uma de nossas apresentações durante o Festival do Teatro Brasileiro em Belo Horizonte-MG no mês passado!
Nós da Anti Status Quo Companhia de Dança agradecemos o olhar sensível e a reflexão minuciosa do nosso trabalho!
Vale a pena conferir:
http://www.horizontedacena.com/a-materialidade-dos-movimentos-fazendo-carne-decompondo-mundos-e-abrindo-brechas-de-presenca/
Trechos:
"Numa proposta de criação de uma experiência compartilhada entre bailarinos e público, a ocupação horizontal do espaço multiuso da FUNARTE e a indicação inicial para que os espectadores-participantes adentrem tal espaço com uma sacola de papel na cabeça criam estados de expectativas, entusiasmos, estranhamentos e certa desorientação.''
"Acontecimento do corpo. Um trabalho que provoca sensações e não necessariamente emite alguma mensagem e sim um bloco de sensações: o corpo em suas brechas, sua opacidade, suas necessidades, seu desassossego, nosso ocultamento e nossa exposição. No corpo: nosso cansaço, nossa aposta do quanto cabe nos acúmulos, a vontade de que exploda a matéria viva que era tão fina, os nossos desejos contidos. O corpo que não aguenta mais! "
"Uma questão que também perpassa este trabalho é o como viver junto tanto na perspectiva de uma vida social de partilha e encontros e dissensos e negociações das tantas imagens construídas e evocadas, quanto na proposta da própria instalação coreográfica: que lugar ocupar naquele evento? Que performance é também possível ao espectador-participante? Quais os limites da experiência deste estar junto proposto (o quente e o frio desta instalação, quando o público passa a ser somente observador)? Neste sentido, a discussão sobre o comum, fortemente presente nos dias atuais, é relevante, pois há uma disposição em considerar o público como elemento importante da instalação coreográfica, de massa consumista à multidão de singularidades que pode alterar e compor quadros, passando também pela redução a um bloco de entusiastas das formas e das imagens já consolidadas de resistência e protesto."
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