O nosso bate-papo após o espetáculo no SESC do Gama transbordou o nú. Porque será, algo tão simples e natural a tantos causa grande mal? A inquietação foi além dos limites físicos do teatro. Na segunda-feira, nos corredores do SESC um funcionário chega pra mim e diz: E aí vc viu a apresentação? O que vc achou,eh, hum, do pessoal sem roupa? Estranha aquela dança né? Vc tería coragem de dançar "daquele jeito"? Ah, nunca que eu deixava minha mulher dançar pelada...nunca...
É muito interessante perceber como o espetáculo de uma certa forma continua reverberando depois da apresentação. O nú é realmente polêmico e provoca muitas discussões. Essa inquietação, como vc mesma muito bem nomeou, é muito importante para causar movimento, chacoalhar pensamentos estagnados, repensarmos aspectos da nossa vida que muitas vezes não paramos para refletir na loucura das coisas práticas do cotidiano. Por exemplo: no discurso da pessoa que vc encontrou nos corredores do sesc podemos ver na última fala dele a expressão do "machismo". Como assim "...nunca que eu deixava a minha mulher dançar pelada"? Mesmo que seja de brincadeira, ainda é muito comum observar como certos homens se acham donos de "suas" mulheres...
Assisti ao espetaculo e fiquei surpreendido sobretudo pela forma com que a dança é colocada em cena. Ja tinha visto apresentações de dança contemporânea mas esse foi especial pra mim: senti um caráter narrativo-performatico que marca no corpo (do espectator e dos bailarinos) sensações. Estao todos de parabéns!
Obrigada querido Pedro! É tão bom receber esse retorno do trabalho! Adorei essa forma de nomear o "caráter" do espetáculo, acho que expressa muito bem nosso trabalho na busca de uma construção de uma dramaturgia no corpo. do corpo e pelo corpo. Durante a pesquisa sentimos mesmo uma aproximação com a performance. Uma espécie de identidade na forma de incorporar e apresentar o material estudado, discutido, pensado e sentido no tempo e no espaço!
O nosso bate-papo após o espetáculo no SESC do Gama transbordou o nú. Porque será, algo tão simples e natural a tantos causa grande mal?
ResponderExcluirA inquietação foi além dos limites físicos do teatro. Na segunda-feira, nos corredores do SESC um funcionário chega pra mim e diz: E aí vc viu a apresentação? O que vc achou,eh, hum, do pessoal sem roupa? Estranha aquela dança né?
Vc tería coragem de dançar "daquele jeito"?
Ah, nunca que eu deixava minha mulher dançar pelada...nunca...
É muito interessante perceber como o espetáculo de uma certa forma continua reverberando depois da apresentação. O nú é realmente polêmico e provoca muitas discussões. Essa inquietação, como vc mesma muito bem nomeou, é muito importante para causar movimento, chacoalhar pensamentos estagnados, repensarmos aspectos da nossa vida que muitas vezes não paramos para refletir na loucura das coisas práticas do cotidiano. Por exemplo: no discurso da pessoa que vc encontrou nos corredores do sesc podemos ver na última fala dele a expressão do "machismo". Como assim "...nunca que eu deixava a minha mulher dançar pelada"? Mesmo que seja de brincadeira, ainda é muito comum observar como certos homens se acham donos de "suas" mulheres...
ResponderExcluirAssisti ao espetaculo e fiquei surpreendido sobretudo pela forma com que a dança é colocada em cena.
ResponderExcluirJa tinha visto apresentações de dança contemporânea mas esse foi especial pra mim: senti um caráter narrativo-performatico que marca no corpo (do espectator e dos bailarinos) sensações.
Estao todos de parabéns!
Sobre o machismo, acho que a Lu ja disse tudo...
Obrigada querido Pedro!
ResponderExcluirÉ tão bom receber esse retorno do trabalho!
Adorei essa forma de nomear o "caráter" do espetáculo, acho que expressa muito bem nosso trabalho na busca de uma construção de uma dramaturgia no corpo. do corpo e pelo corpo. Durante a pesquisa sentimos mesmo uma aproximação com a performance. Uma espécie de identidade na forma de incorporar e apresentar o material estudado, discutido, pensado e sentido no tempo e no espaço!