19/02/2019

Anti Status Quo foi capa do Caderno diversão e arte do Correio Braziliense de ontem! E hoje saimos no metrojornal

Agradecemos o Correio Braziliense e nossa assessoria de imprensa Território Cultural ! As matérias   falaram do nosso novo trabalho Microutopias Cotidianas Aglutinantes do lugar e de nossos 30 anos e o Correio Braziliense fez inclusive uma retrospectiva dos trabalhos!!!!! 


Correio Braziliense, capa do Diversão e arte do dia 18/02/2019. Jornalista: Nahima Maciel



Novo espetáculo da Anti Status Quo Companhia de Dança explora a cidade
A proposta é levar o público a andar pelo Plano Piloto em busca das cenas e dos bailarinos

Tudo é inusitado em Microutopias cotidianas aglutinantes do lugar. Do horário de início à localização do palco, o novo espetáculo da companhia Anti Status Quo foi gestado ao longo dos últimos 13 anos e ganhou maturidade depois de muita pesquisa, conversa e vivência sobre o que significa ocupar o espaço urbano. Hoje, a partir das 9h30 da manhã, quando os espectadores forem liberados para correr atrás das cenas — sim, eles precisarão se deslocar —, Brasília vai virar o palco de um imenso balé contemporâneo.



Concebido para 24 pessoas, Microutopias cotidianas aglutinadoras do lugar nasceu do desejo e do encanto pela cidade e pela banalidade do cotidiano. “A gente vem pesquisando a relação do corpo com a cidade desde 2006”, avisa Luciana Lara, diretora e criadora do espetáculo. “Ele é um apanhado de todas as nossas descobertas.” Apenas 24 pessoas poderão participar. Elas devem comparecer ao Centro de Dança para receber um mapa e, a partir deste, começar uma caminhada de aproximadamente uma hora. Durante o percurso, marcado no mapa, o espectador vai esbarrar nas ações desenvolvidas pelos bailarinos.



Luciana não diz quantos locais nem quantos bailarinos participam do Microutopias. Ela quer evitar spoilers e garantir a surpresa. No total, a ação dura uma hora e vinte minutos e será realizada em duas temporadas, com seis dias para cada uma. “É uma experiência que, para ser intensa, a gente tinha que individualizar. O espectador fica autônomo. É um espetáculo itinerante, não é para sentar e assistir. Você olha e as coisas acontecem. São segundos de acontecimento”, avisa. “A ideia foi criar um mapa como se fosse uma caça ao tesouro. O tesouro é o cotidiano. Queremos levar o cotidiano para outro patamar do belo.”



A diretora espera instaurar a poesia no olhar de quem está vendo as cenas e chamar a atenção para detalhes urbanos que passam despercebidos. No mapa, ela garante, não estão os lugares simbólicos e conhecidos da paisagem brasiliense. Um brasiliense típico, acredita Luciana, dificilmente empreenderia um passeio aos locais escolhidos. São lugares que poderiam fazer parte da configuração de qualquer cidade.



As ações dos bailarinos também podem ser muito discretas. É uma forma de exigir do espectador muita atenção para a paisagem urbana e de obrigá-lo a olhar para a cidade com cuidado. Muitas vezes, os bailarinos podem estar camuflados e se confundir com os transeuntes. Esses, por sua vez, se transformam em público. Os 24 espectadores têm o mapa, mas a população inteira vira público. “Tem uma mistura entre ficção e realidade. Você não sabe o que é real, o que foi feito para você. O que acontece na rua, a gente não tem controle. Tem o acaso e o caos que estão sempre presentes, além da participação das pessoas”, reconhece Luciana.



Parte do Microutopias já havia sido esboçado em trabalhos como Cidade em plano (2006) que explorava, esse sim, os ícones das concepções urbanas e arquitetônicas de Lucio Costa e Oscar Niemeyer. A relação do corpo com a cidade, seja ela física, seja política, era o cerne do trabalho. Em 2014, a cidade esteve presente em Sacolas urbanas, uma reflexão sobre o consumismo, a alienação do espaço urbano e movimentação das grandes massas nas cidades. Para Camaleões, de 2009, o desaparecimento dos corpos em meio à poluição visual da cidade foi trabalhado como uma metáfora sobre a dinâmica urbana. Microutopias é o mais recente fruto de uma investigação voltada, principalmente, para o lugar do homem na cidade que construiu.



Microutopias Cotidianas Aglutinantes do Lugar

Anti Status Quo Companhia de Dança. Ponto de encontro: Centro de Dança do DF. De hoje a sábado, às 9h30. Número de espectadores limitado a 24 pessoas. Entrada franca, mediante agendamento, no e-mail microutopiasasq @gmail.com. Não recomendado para menores de 18 anos





» MEMÓRIA



De Carne e Concreto – Uma Instalação Coreográfica (2014)

» A condição humana e a vivência da coletividade sob a égide do sistema capitalista são os temas da instalação



Autorretratodinâmico (2009)

» A dança do ponto de vista pessoal como expressão da alteridade orienta a coreografia



Aletheia (2003)

» Aparência, poder, gênero e os papéis exercidos pelas pessoas na sociedade fazem parte da investigação desse trabalho



Coisas de cartum (2002)

» Os quadrinhos inspiram essa peça sobre as mazelas da vida contemporânea



Dalí (2000)

» Vida e obra do pintor surrealista ganha interpretação livre da companhia



Nada pessoal (1998)

» Como a comunicação de massa e a opressão da sociedade moldam a alteridade serve de tema para a companhia



No instante (1996)

» Bailarinos foram estimulados a criar a partir de roteiros estabelecidos previamente em busca da expressividade pessoal de cada um



Anti Status Quo Dança (1994)

» Objetos e efeitos de luz interagem com os corpos em uma coreografia de temas lúdicos e com ilusões de ótica



Efeitos (1991)

» Linhas e volumes servem de base para a primeira criação da companhia


Retirado do site do Correio Braziliense no dia 18/02/219:

Acesse o link e veja a matéria de Nahima Maciel :



Metro Jornal dia 19/02/2019




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