O espetáculo Viajante da Luz,
solo da dançarina brasileira radicada na Alemanha, Lina do Carmo, encerra hoje,
domingo, 20h, a V Mostra do
Núcleo Alaya Dança, no Museu da República, em Brasília.
O trabalho encontra
seu ponto de partida na gênese do ‘Encantamento do Sonho’, conhecida como
Dreamspell, ainda hoje presente na cultura dos Maias. Inspirado no inquietante
momento de transição cósmica e revelações, Viajante da Luz comunica a
consonância entre o poder do movimento e a harmonia da vida, entre a terra e a
consciência galáctica e indica o estágio seguinte da evolução humana.
Analogicamente, como nas pinturas
circulares simbólicas de animais da cultura europeia e outros traços sígnicos em
diferentes culturas ancestrais, Viajante da Luz traz uma tipologia que
esboça a complexidade dos ciclos astronômicos. E como isto se relaciona com
formas de experiências longínquas, fica enraizada profundamente na riqueza
existencial do inconsciente humano, no conhecimento em torno de si mesmo e do
cosmos.
Em cinco cenas, Lina do Carmo
incorpora o viajante, memorizando este mundo de mistérios. A viagem ocorre
através e na luz, – e ela torna-se a Luz. O corpo transforma-se num corpo
planetário, conectado com a natureza mais interna do “Ser” e seu todo. A
coreografia explora o contexto energético da fisicidade simbólica através de
contrastes cromáticos na linguagem dos movimentos, imbuídos por ritmos
surpreendentes, sons e projeções videográficas.
Uma Viagem adentrando o universo
estranho da cultura dos Maias, composta como um ritual, busca transportar da
origem o arquétipo do Ser universal e atemporal.
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