26/07/2009

Essa vontade louca de dançar a vida...

Esse post é do dia 20 de julho... por problemas técnicos vai agora...

Há muito que eu ensaio escrever para este blog. É tanto a dizer que me paraliso.
Hoje decidi. Hoje faço 30 anos e essa pesquisa veio num momento mágico junto com um monte de escolhas de como me mover na vida.

A pesquisa é uma coisa louca. Falar de dança, do seu movimento, do seu mundo, dos seus motivos, da sua vida, da sua forma de mover, do prazer de dançar e de se questionar de tudo isso transformando isso em dança é uma COISA! Nos ensaios, a dança saia transpassando a gente de um jeito muito louco, nos empurrava e saia rasgando o peito com uma vontade louca de dançar a vida e a arte que cada um carrega em sua história de corpo. Fazer disso tudo, arte. Partir de si com força mas sem fazer disso uma dança do ego.

Conversávamos um pouco sobre tudo e uma forma fenomenológica de compreender o próprio movimento como resultado de toda uma história pessoal, uma síntese de si impossível, mas que acontecia a cada improviso. A busca pela dança de si mesmo, do seu próprio mundo.

Ver o espetáculo pronto é uma continuidade de se perguntar o que te move. Como isso ainda continua vivo e não dá para responder a isso sem se dançar em tudo. Por isso às vezes as pessoas querem dançar neste espetáculo. A platéia. Sempre todos falam dessa vontade louca.

É muita vida para dançar, é e muita dança para dar conta da vida.

Ainda vou carregar por muito tempo essa vontade desenfreada de rasgar o mundo com a sensação de "mover o braço" e "fazer brotar" a dança que grita em mim nos momentos mais impróprios...

(*como dançaria Caio Fernando de Abreu)

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