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Conheça mais sobre o livro:
“Arqueologia de um Processo Criativo – Um
livro Coreográfico” é a primeira
publicação da Anti Status Quo Companhia de Dança de Brasília-DF. Escrito por Luciana
Lara, diretora e coreógrafa da Companhia, o livro é um memorial, um registro poético-reflexivo
do processo criativo do espetáculo de dança contemporânea chamado “Cidade em
Plano“, sobre a cidade de Brasília. O espetáculo é a oitava criação do grupo
brasiliense, uma das mais criativas e atuantes companhias de dança
contemporânea do centro-oeste do Brasil. A pesquisa artística parte da
percepção da influência da cidade no modo de ser e na visão de mundo de quem a
habita, e se desenvolve como uma reflexão crítica, política, social e espacial
sobre a cidade onde a coreografia e a encenação exploram camadas e planos de
entendimento sobre a relação do corpo com a capital do país.
O livro tem a colaboração dos bailarinos da
Companhia e também de artistas de outras linguagens como músicos/compositores,
iluminador, designer de som e cenógrafo que participaram da criação do
espetáculo. As coreógrafas, diretoras e professoras brasilienses Yara de Cunto
(Asas e Eixos) e Lenora Lobo (Alaya Cia de dança) fazem a apresentação do
livro. Vários fotógrafos colaboraram com o livro, com destaque para a
brasiliense Débora Amorim. A publicação recebeu o Prêmio Funarte de Estímulo à
Produção Crítica em Dança de 2008 e o patrocínio do FAC- Fundo de Apoio à
Cultura do Distrito Federal do mesmo ano.
Com uma proposta de projeto gráfico
diferenciado, concebido pela própria autora, diretora e coreógrafa da Companhia
em parceria com o designer gráfico e parceiro de criações Marconi Valadares, o
livro se destaca como publicação rara no mercado editorial de livros sobre
dança no Brasil, tanto no conteúdo quanto na sua forma de apresentação. Como o
próprio título faz intuir, a proposta é refazer o percurso criativo da
construção de um espetáculo de dança contemporânea, revelando as motivações,
escolhas, reflexões e procedimentos de sua criação. Palavras e imagens foram coreografadas
para fazer dançar os pensamentos e a
imaginação no ato de acompanhar um raciocínio de criação.
O projeto gráfico tem impacto visual
polissêmico, pois foi elaborado com montagem entre imagens e textos. Imagens
metafóricas e escrita pictórica foram criadas com a utilização de recursos como
colagem, manipulações de fotos, desenhos, gráficos e jogos visuais com a
disposição espacial das palavras. Há uma narrativa visual e outra textual, onde
suas interações mútuas multiplicam os sentidos semânticos. Em relação ao
conteúdo, em suas 372 páginas o livro destrincha alguns aspectos da criação abordando
vários assuntos referentes ao estudo da linguagem da dança no que diz respeito
à criação de sentidos. O livro é
coreográfico também, pois seu foco está na construção coreográfica. Entendendo
o conceito de coreografia como muito mais que a criação de passos, a pesquisa
de movimento é revelada na relação com as construções da trilha sonora, do figurino
e do cenário, ou seja, na elaboração de uma dramaturgia. Para isso, métodos e
estratégias de criação e a investigação do tema, a relação com o público, o
trabalho com os bailarinos, a colaboração artística e os desdobramentos das
reflexões sobre o tema são, também, discutidos.
Outro diferencial da concepção da
diagramação gráfica está na apresentação do conteúdo que simula o fluxo do
pensamento, sem uma ordem cronológica, como em uma conversa informal onde um
assunto puxa o outro, aproximando-se da forma como se dá a criação artística. É
só abrir o livro e começar a ler a partir de qualquer página. A organização do
conteúdo foi elaborada para que o livro possa ser lido em qualquer ordem, sem
necessariamente seguir a ordem crescente dos números das páginas.
O formato do livro propõe, assim, uma
experiência visual-sensório-cognitiva, como se o leitor estivesse dentro do
processo criativo exposto, muitas vezes, às mesmas questões e estímulos que os
criadores se propuseram. O leitor acompanha a fluência das ideias e das
reflexões como se estivesse lendo o diário de um criador, testemunha o ato da
criação e da construção de sentidos e, ao mesmo tempo, cria , ele mesmo, outros
novos sentidos.
É indicado para público bem diversificado: criadores, artistas,
pesquisadores, estudantes de artes, amantes da dança contemporânea e, também,
para o público em geral que se interessa em conhecer um pouco mais sobre dança contemporânea
sob a perspectiva da criação artística e da apreciação de espetáculos. Um DVD
com o espetáculo acompanha a publicação, assim, mesmo quem não assistiu a uma
apresentação de “Cidade em Plano“, pode apreciar o livro.
Foi criado um blog do livro para maiores informações e com a
proposta de criar um espaço de diálogo, onde os leitores podem comentar o livro:
www.livroarqueologiadeumprocessocriativo.blogspot.com.br
Trechos
do livro:
”Colocar seu processo
criativo no formato rígido de um livro não foi suportável para a criadora.
Luciana Lara trouxe mais que um relato dessa criação, ela procurou e conseguiu
dizer o impossível de ser dito. A coreógrafa traduziu sua emoção e comunicou na
forma imagética literária o conteúdo reflexivo-artístico do espetáculo “Cidade
em Plano” com a colaboração do seu maior parceiro de trabalho, Marconi
Valadares.”
Yara de Cunto (
Coreógrafa, articuladora da dança no Brasil e diretora do extinto grupo Asas e
Eixos de Brasília-DF)
”A importância de
Arqueologia de Um Processo Criativo – Um Livro Coreográfico é imensurável. Primeiro porque colabora com
as publicações em dança contemporânea no país, partilhando uma experiência
estética e incentivando novos artistas a fazer o mesmo. Segundo porque reparte
com o público, de forma poética, as sensações e descobertas de um processo
criativo. Por último, porque traz uma percepção inusitada e bela do
CORPO-ESPAÇO-TEMPO da capital
brasileira.”
Lenora Lobo (Coreógrafa e Diretora do ALaya
Companhia de Dança de Brasília-DF)´
“Não poder compartilhar toda a riqueza de um
processo criativo com mais pessoas é um desperdício. Todo o estudo feito fica
guardado na lembrança e em gavetas. Dispersando-se no espaço e nas mentes dos
seus criadores e, é claro, perdendo-se com o tempo. O acesso à pesquisa feita
para a fabricação de uma obra artística, na maioria das vezes, é privilégio dos
artistas que a vivenciaram. O público fica
com a seleção final de um longo caminho de escolhas, desconhecendo todo o
trabalho que , na verdade, deu forma e conteúdo àquilo a que ele está
assistindo... A proposta do livro é
abrir os bastidores de um espetáculo de dança contemporânea e colocar ao alcance
do público os detalhes do fazer artístico, compartilhando as reflexões que
envolveram toda a pesquisa de montagem de uma obra coreográfica. Uma
oportunidade para revelar a dança sob a perspectiva da prática, do ponto de vista de quem cria, e
com isso, multiplicar pensamentos sobre arte.”
Luciana Lara ( trecho da
introdução)
Dados técnicos da
publicação:
Nome do livro:
“Arqueologia de um Processo Criativo - Um livro coreográfico”
Autoria: Luciana Lara
Realização: Anti Status
Quo Cia de Dança
Número de páginas: 372
Formato: 24/24 cm fechado
- 24/48 cm aberto
Capa/cor: 4/4 cores -
policromia
Miolo/cor: 4/4 cores -
policromia
Capa/papel: Cartão Duo
Designer 350g laminação fosca BOPP
Miolo/papel: Couchê fosco
150g
Inclui DVD com imagens em
movimento do espetáculo “Cidade em Plano”.
ISBN: 978-85-64041-00-4
Contato:
Telefone: 61 96454443