01/04/2019

Saímos na Revista Traços (digital) com um texto maravilhoso do Rhenan Soares


A Revista Traços  de Brasília-DF vivenciou a experiência de Microutopias Cotidianas Aglutinantes do lugar, nova montagem da Anti Status Quo Companhia de Dança, e compartilhou essa experiência com um texto especial sobre alguns detalhes da montagem. Confira:


Exploração do cotidiano invisível
A trilha urbana poética de Luciana Lara e da Anti Status Quo no espetáculo ‘Microutopias Cotidianas Aglutinantes do Lugar’

Por Rhenan Soares


Trechos:

"...Para seguir Luciana e a Anti Status Quo, é necessário que a repetição da busca oriente o encontro. O que ela tem a te mostrar, contudo, é livre do seu próprio exercício de enxergar. A paisagem anda, ora esbarra em você ora desaparece sem ser notada.

Outra vez: não há regras. Apenas algumas, poucas, orientações. Mas se permita apurar ao máximo os sentidos de exploração do lugar. Quem viu vê algo novo quando vê novamente. Quem ouviu escuta algo a mais quando se aproxima do som. Quem sentiu percebe novas sensações quando se lança outra vez na sorte de tocar um imenso pedaço insólito do cotidiano..."



"...Com 30 anos de existência, a Anti Status Quo tem algo a dizer. Ou melhor, mostrar. E devolver a percepção do espectador foi, aparentemente, o caminho escolhido pela Companhia neste 11º espetáculo, sucessor do bem sucedido De Carne e Concreto — Uma Instalação Coreográfica, que teve dezenas de apresentações pelo país e pelo mundo. É do histórico do grupo que se faz o parto de Microutopias em todas as suas peculiaridades de coisa pensada e sem acordos com o convencional.

Se no espetáculo anterior a nudez poderia ser transformada em questão, em Microutopias é a concretude do caos que expõe ao limite tanto o elenco quanto o público, que em parte também é elenco, ou se transforma em elenco durante a experiência. Sem saber exatamente o que é elenco e o que é público ou o que são apenas o caos e a beleza acostumada da cidade. A Companhia confunde não para explicar, mas talvez para fazer pensar e, em lugar de um programa impresso, entregar de mimo ao espectador algumas provocações sobre o seu próprio lugar..."


Acesse o link para ler o texto na íntegra: https://medium.com/revistatra%C3%A7os/explora%C3%A7%C3%A3o-do-cotidiano-invis%C3%ADvel-79c1152ff58

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